Fim de ano

Outro ano se vai e esse clima de despedida e de um novo começo, sempre me deixa nostálgica e insegura. Não sabemos ao certo o que pedir, porque são tantos desejos pra apenas uma vida. Mas o principal pedido que faço é: eu quero viver! Pode até parecer besteira, mas cada vez mais vejo pessoas que parece que não tem essa mesma vontade que eu. Para alguns o “tanto faz” de se estar vivo ou morto, é repetido que nem um mantra. Já outros nada dizem, mas suas atitudes revelam os seus medos do mundo. Pior do que tentar suicídio é ir se envenenando aos poucos. Já nem conto quantos amigos eu tenho, que estão mergulhando na escuridão das drogas, ou aqueles que já estão imersos nela. Isso me entristece muito, pois enquanto vejo pessoas que lutam, a todo custo e dor por suas vidas como aidéticos, diabéticos e etc. vejo por outro lado pessoas saudáveis, “inteligentes” desperdiçando algo tão precioso, ou porque não dizer trocando sua vida por uma “boa” cheirada. O medo que eu tenho não é de saber como será o ano que vem, o meu medo é de saber quantos amigos o ano “velho” vai me tirar, quantos vão ficar eternamente ligados aquele ano.

Insonia: brincadeira dos Deuses

Nessas noites aonde o sono não chega.
É os pensamentos que dominam meu ser.
Brinco de ser o que nunca serei. Viajo ao mundo de Alice.
Troco conversa fiada com Fernando Sabino numa mesa de bar.
Fumo como uma cortesã francesa. Mergulho no inferno de Dante.
Sofro as dores de viva La vida tanto, que Frida pintaria um quadro
inspirado em mim. Sorrio por fora enquanto desmorono por dentro.
Sou aquela menina que anda sozinha, que sabe aonde quer ir,
mas não sabe como chegar. Brinco novamente de inventar.
Imagino as mãos do meu amado á me acariciar. A boca quente
que nunca mais eu pude beijar. Bebo uma água, sorrio em frente
ao espelho, jogo longe a roupa e mais uma vez estou a pensar...
Como o mundo seria melhor se as pessoas soubessem falar,
falar dos sentimentos, das dores, do sonhos... Falarem sem se pren-
derem a nada. A nenhum padrão que obedeça a ética mas mate o que
os homens chamam de amor; Melhor eu deixar como está e voltar
a ser a menina que precisa dormir, mas que hoje, não quer sonhar.

Quem é ela?

Ela quer mais da vida.
Esta sozinha mesmo cercada de amigos.
Usa um óculos escuro tão grande que você
Jamais diria pra onde ela estar te olhando.
Não usa o silencio em vão.
Brinca com a inocência do garoto.
Estuda ate altas horas da madrugada.
All Star é seu melhor amigo pra sair.
Chocolate cura qualquer de suas depressões.
É uma dama, mas sabe ser uma puta quando quer.
Seus amigos lhe chamam de emo, mas sem motivos.
Dança sozinha seduzindo as sombras.
Usa maquiagem negra, tão escura
quanto o buraco do seu coração.
Debate e rebate qualquer opinião homofôbica.
Cria uma gata que chama de filha.
Fica mal-humorada com quem a acorda.
Rir de tudo e de todos, inclusive rir dela mesma.
É roqueira, escuta Cine, sabe sambar, bebi ao
som de Amy e sonha ser uma Gaga.
Sua mente não para, tudo observa e tudo cria.
Você diria a 1° vista que ela é apenas mais
uma garota rebelde, conhecendo-a você perceberia
Que ela quebra tabus, tem personalidade
E o principal: adoro o perigo.